quarta-feira, 23 de julho de 2008

"O" Livro - o final

Ontem, a pedido da a_crazy e por alguma curiosidade minha em relação ao que tinha acontecido a Missy, saltei algumas páginas (cerca de 100…) e li as últimas 50 páginas do livro “The Shack”. O canadiano disse-me que o livro no fim tem um “nice twist” e por isso eu devia acabar… vamos ver então…

No sítio onde retomo a leitura, Mack está a dar um passeio de barco com Jesus (já não me lembro que ia a remar, ou será que o barco tinha motor? Será que era preciso remar ou ter Jesus a bordo é suficiente para o barco seguir o rumo que ele quiser? E se for um barco a vela, será que é preciso esperar por bons ventos ou o miúdo faz o vento soprar por onde quiser?), a falarem sobre as baboseiras do costume… fico a saber pela conversa, que Mack já lá está com as santidades todas há 2 dias e como chegou na 6ª feira, quer dizer que passou o fim de semana.

Descubro também, que numa das noites, ao sonhar com o pai e ao vê-lo de novo, soube e conseguiu perdoa-lo e por isso o pai já pode descansar em paz. E para meu grande deleite, aprendo que tal como Jesus, Mack há instantes atrás conseguiu andar sobre as águas, mas molhou os ténis e as meias, razão pela qual Jesus quando faz tal feito, descalça-se sempre não vá a sapatilha ganhar humidade e fungos (juro que lá estava lá escrito que Jesus tira sempre os ténis e as meias, a parte das razoes é que já são conclusões minhas!).

Ao voltar para a barraca, Deus tinha preparado paparoca para todos, embora as santidades não precisem de comer, dizem que gostam de cozinhar e de fazer companhia ao Mack, por isso, ala encher o bandulho! Depois de comerem comida verde (descrição do autor), Deus e Mack vão dar um passeio, levando prendas de Jesus.

Após andarem duas horas, Deus pára num sitio para falar com Mack, dizendo que lhe tem de mostrar uma coisa que lhe vai doer muito mas que ele tem que saber aceitar. E já que está a falar nisso, aproveita para meter o tema perdão na conversa. Diz que Mack tem que saber perdoar o raptor da filha, porque não cabe aos Homens castigar os seus semelhantes, cabe aos Homens saber perdoar e depois Deus trata do assunto com os pecadores, embora Deus tenho dito que não os castiga porque já viveram com uma “cruz” em cima a vida toda (já viram bem a conversinha de mariquinhas deste gajo? Somos todos amigos e os pecadores deixa-os estar, já sofreram demasiado por violarem, matarem, roubarem, enganarem… eu acho que este Deus, deve pertencer ao Tribunal que condena os nossos dirigentes futebolísticos com penas suspensas e com arquivo de processos).

Mack diz que não consegue perdoar o raptor pelo que fez à Missy, mas Deus adianta logo que Missy já perdoou por isso não há razão para Mack não perdoar. Mack chora ali um bom bocado, como faz frequentemente durante o livro todo e passado um bocado de conversa da treta consegue perdoar o raptor. Deus aproveita a dica e diz que Mack tem que ter atenção porque, Kate, a filha do meio, acha que a culpa é dela porque foi ela que fez a canoa virar-se há uns anos atrás.

Deus mostra então umas marcas vermelhas no chão, aparentemente feitas pelo raptor para saber onde era o seu esconderijo. Seguem as marcas e chegam a uma pilha de pedras que estão a tapar uma gruta. Os dois reúnem esforços e começam a tirar as pedras e ao destaparem a entrada, entram na gruta de gatas e andam assim uns 2 minutos. O cheiro começa a ser mau demais, então Deus, que parece que há uns anos a lidar com mortos já não repara no cheiro, diz a Mack para ver a prenda que Jesus lhe deu. Mack vê que é um lenço com cheirinho a alfazema (acho que ficava melhor com cheirinho a alfazema por isso deixem-me contar a historia assim) e põe à volta do nariz e boca para não sentir o cheiro nauseabundo. Continuam a gatinhar (Deus não podia ter feito esta gruta um bocadinho mais alta para não ter que gatinhar?) e chegam a um sítio onde Mack descobre o corpo de Missy sem vida (deviam estar à espera que ela ainda estivesse viva passados três anos e meio….) coberto por um lençol. Pega na nela e sai da gruta com Deus. Os dois tapam outra vez a gruta e voltam para a cabana, andando Mack, as tais duas horas, com o corpo da filha no colo, mas sem se sentir cansado (é o que dá ter os amigos certos…).

Ao chegar à barraca, fazem o enterro da miúda e perguntam ao Mack:

“-Queres ficar connosco aqui e com a tua filha ou preferes voltar para a (BOAZONA) da tua mulher, os teus filhos e os teus amigos?

-Deus, o que faço na minha vida tem alguma importância?

-Basta fazeres uma coisa importante para a tua vida já ter importância.

(já me sinto importante só por escrever num blog)

-Entao, quero voltar!

-Acho que é a resposta certa! (acha? Acha ou sabe? Afinal quem é Deus aqui?!)”

E pronto, Mack foi trocar de roupa, porque andava com roupa de trabalho como as santidades e ao voltar para a sala viu que eles já se tinham ido… saiu da cabana e tudo voltou ao mesmo, a primavera foi-se embora e o frio e a tempestade voltaram…

Pegou num carro, fez o caminho para casa da mesma maneira que voltou mas passado cerca de meia hora, ao arrancar num semáforo é abalroado por um carro conduzido por um bêbado. Mack acorda passados uns dias no hospital, onde toda a gente fica muito feliz por vê-lo. Fala então com Kate e diz que a culpa não foi dela, que ela escusa estar com merdas de depressões e cenas à adolescente, e que vai ficar tudo bem. A mulher conta-lhe que o acidente tinha sido numa sexta-feira e não num domingo como Mack pensava, o que lhe fez ver que tudo tinha sido um sonho.

Dois meses depois de sair do hospital, Mack leva a mulher e a policia à gruta, onde o corpo da Missy realmente estava (Deus sabe mesmo umas coisas), e a policia nem ficou muito surpreendida por o pai saber onde a filha estava, como tinha álibi, estava tudo bem com eles!

E o autor acaba o livro, dizendo nas ultimas duas linhas, que o assassino foi encontrado graças às marcas que ele deixou no chão da gruta (CSI em grande!) e que os corpos das outras meninas foram todos encontrados.

FIM

Agora, perguntam vocês, valeu a pena ler o livro quase todo? Não! Mas ao menos, nestas duas noites, não gastei dois filmes que me faltam ver e assim guarda para a próxima viagem à Argélia!

E não se esqueçam, as santidades andam sempre aos trios, Deus, Jesus e outro qualquer que não me lembro o nome, e não, não é o Espírito Santo, isso tinha sido óbvio demais!

2 comentários:

a_crazy disse...

Obrigada! ;) Desculpa ter-te feito ler as dolorosas páginas que te restavam... mas a curiosidade era grande! Ainda pensei que a miuda tivesse simplesmente fugido! :P

Anónimo disse...

Como é que aguentaste tanta página?!?!? Para mim até o post (os dois...) foi um bocadinho doloroso...

Mas pelo menos fiquei a saber que és um herege como eu ;)

Bjo