Agora vou falar sobre boxers, não sobre a raça de cães mas sim sobre a roupa interior, geralmente de homens e ocasionalmente extremamente sexys em fêmeas...
Hoje deitei fora uns boxers (ia arriscar a dizer um par de boxers mas não quero entrar nessa polémica, se é um boxer, uma boxer, umas boxers ou ainda mais específico, um par de boxers...). Para quem me conhece extremamente bem, e poucas pessoas podem dizer isso, sabe que sou um fulano um tanto agarrado a coisas materiais e por isso, deitar coisas ao lixo às vezes ainda me cria uma certa impressão...
Quando dou coisas aos menos abonados, não me importo, até me sinto bem, visto estar a fazer uma boa acção que me vai garantir um espacinho no céu (depois no fim de semana vou sair e com a quantidade de alcool que bebo acho que deito tudo a perder....e digo acho porque tem dias que nem me lembro bem do que se passou, mas são só alguns dias...) e estou-me a livrar de roupa que já estava a mais no roupeiro/guarda-fatos. Além disso, se a estou a dar é porque não a usava muito ou então não era assim tão gira.
Mas quando deito coisas ao lixo, é porque já estão muito usadas e isso quer dizer que apreciava essa peça de roupa. Como já disse, a peça de roupa que hoje conheceu o saco do lixo na cozinha foi umas boxers.
Não eram muito giras, mas eram confortáveis... Tinham-me sido ofertadas (ofertadas é tão mais rico que oferecidas...por que é que ofertar não se usa mais vezes?) há muitos Natais atrás, talvez há 10 ou 12, numa altura em que estava a fazer a transição das cuecas (slips) tradicionais para umas modernas boxers.
Eram umas boxers que me acompanharem muitos anos, viram muitas calças minhas, foram testemunhas de muitas alegrias não correspondidas, arejaram em vários tapetes de quarto de amigas minhas e até tinham viajado comigo para as plataformas petrolíferas. É até curioso pensar, que na segunda vez que foram comigo para Angola, ficaram marcadas para sempre porque a pessoa que tratava da roupa suja, antes de a lavar, escrevia com um marcador o número do nosso quarto para depois saber devolver ao dono certo. E desde essa altura, há cerca de um ano atrás, ficaram etiquetadas com o bonito número 204 que era o meu quarto dessa vez.
Como podem ver, são boxers com história, são boxers vividas. O seu tempo chegou há alguns meses mas tenho estado a adiar a sua derradeita hora.
Essa hora chegou hoje e já não tenho coragem de as ir buscar ao lixo, por baixo da embalagem da pizza que comi ao almoço.
Caras boxers, foi um prazer, até sempre!
domingo, 23 de dezembro de 2007
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4 comentários:
É triste que as tenhas de deixar porque o teu companheiro do 204 as rasgou na parte de trás.
Caro D & H,
Curioso teres referido nisso, porque há uns dias foi-me relatado por um familiar próximo que existe uma pessoa nossa conhecida que tem todas as cuecas e boxers rasgadas atrás, num sitio estratégico, para facilitar o "bem-bom" com outra pessoa do mesmo sexo...
Gosto de ver que sabes como estas coisas funcionam entre as pessoas com uma sexualidade fora do normal...
Será coincidência ou nakelas tuas noites de "homens" essas experiências tb são partilhadas?
Não acredito que este seja o tipo de blog onde se faz lavagem de roupa suja, por isso será melhor manter as conversas entre ti e os teus familiares fora da equação, mas tu lá sabes;
Porque é que dizes que gostas "de ver que sabes como estas coisas funcionam entre as pessoas com uma sexualidade fora do normal"? Há algo que te assola? Queres sair do armário, achar um confidente? Se calhar é melhor voltares a falar com o tal familiar, ou então com o portador das tais cuecas rasgadas (o termo "bem-bom", com essa conotação, também me levantou algumas suspeitas).
Pondo alguma água na fervura, gostava só de deixar o seguinte pensamento.
Nunca experimentei e creio que irei ficar sempre virgem dessas experiências, mas a verdade é que vai nunca volta, que experimenta já quer outra coisa...
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