Continuando a história de Houston…
Sábado, 19 horas (hora local, em Portugal, 2 da manha de domingo)
Saímos do avião, já em Houston, todos com ar de sono (vinha tudo a dormir, naquelas cadeiras, era difícil não adormecer…) e percorremos vários corredores até chegar ao controlo de passaportes.
Havia várias filas, para americanos e não americanos... alguns minutos de espera, depois de andar de fila em fila, como um típico português, para ver se esperava menos que os outros, lá me calhou um gajo com trintas e pouco.
Depois da troca de palavras e de passaporte, começa a conversa…
Ele: Razão da visita?
Eu: Vou fazer um curso aqui em Houston, na Petroskills.
Ao ver todos os carimbos de entrada e saída da Argélia, só faltou soar o alarme…
Ele: Onde é que trabalha?
Eu: Trabalho para a Repsol Espanha e estou colocado na Argélia…
Ele: Hum… e onde é a escola do curso?
Eu: É nesta morada (mostrando o papel com a morada).
Ele: E onde vai ficar?
Eu: Neste hotel, que é nesta morada (mostrando o papel outra vez)
Ele: Hum… (silêncio…silêncio…) E carta da escola a confirmar o curso?
Eu: Não tenho…
Ele: Não tem porquê?
Eu: Porque não me mandaram nada disso…
Ele: Hum….
Nesta altura, já me estava a ver a voltar para a Europa no próximo voo, mas desta vez, na turística e de preferência com um gorila de cada lado, só para ter um ombro para encostar a cabeça e fazer um soninho…
Ele: E quanto dinheiro trás?
Nesta altura, apercebo-me que tinha cerca de ZERO dólares…sempre em grande!
Eu: Tenho 60 euros…
Ele: Cartões de crédito, tem?
Eu: Sim…
Agora olha-me com um ar muito desconfiado… e continua… e continua…
Faz um ar benevolente, tipo Deus à porta do paraíso, quando deixa entrar alguém que cobiçou a galinha da vizinha enquanto comum mortal na Terra (um pouco à semelhança de alguns porteiros de algumas discotecas em Portugal)…
Ele: OK…
Eu: Ufa…. (muito baixinho…)
Ainda me obrigou a pôr todos os meus dedos das mãos num sensor, para ficarem com as minhas impressões digitais. Só me conseguia lembrar do Horatio (do CSI), em Miami, a descobrir um crime com umas impressões digitais parecidas com as minhas, a pôr os óculos de Sol, a virar-se para o lado e dizer para o vazio:
“Seems like we’re going to Algeria to have a little chat with this guy…”
Passei o controlo, estava oficialmente legal, nos estates…
Sábado, 19 horas (hora local, em Portugal, 2 da manha de domingo)
Saímos do avião, já em Houston, todos com ar de sono (vinha tudo a dormir, naquelas cadeiras, era difícil não adormecer…) e percorremos vários corredores até chegar ao controlo de passaportes.
Havia várias filas, para americanos e não americanos... alguns minutos de espera, depois de andar de fila em fila, como um típico português, para ver se esperava menos que os outros, lá me calhou um gajo com trintas e pouco.
Depois da troca de palavras e de passaporte, começa a conversa…
Ele: Razão da visita?
Eu: Vou fazer um curso aqui em Houston, na Petroskills.
Ao ver todos os carimbos de entrada e saída da Argélia, só faltou soar o alarme…
Ele: Onde é que trabalha?
Eu: Trabalho para a Repsol Espanha e estou colocado na Argélia…
Ele: Hum… e onde é a escola do curso?
Eu: É nesta morada (mostrando o papel com a morada).
Ele: E onde vai ficar?
Eu: Neste hotel, que é nesta morada (mostrando o papel outra vez)
Ele: Hum… (silêncio…silêncio…) E carta da escola a confirmar o curso?
Eu: Não tenho…
Ele: Não tem porquê?
Eu: Porque não me mandaram nada disso…
Ele: Hum….
Nesta altura, já me estava a ver a voltar para a Europa no próximo voo, mas desta vez, na turística e de preferência com um gorila de cada lado, só para ter um ombro para encostar a cabeça e fazer um soninho…
Ele: E quanto dinheiro trás?
Nesta altura, apercebo-me que tinha cerca de ZERO dólares…sempre em grande!
Eu: Tenho 60 euros…
Ele: Cartões de crédito, tem?
Eu: Sim…
Agora olha-me com um ar muito desconfiado… e continua… e continua…
Faz um ar benevolente, tipo Deus à porta do paraíso, quando deixa entrar alguém que cobiçou a galinha da vizinha enquanto comum mortal na Terra (um pouco à semelhança de alguns porteiros de algumas discotecas em Portugal)…
Ele: OK…
Eu: Ufa…. (muito baixinho…)
Ainda me obrigou a pôr todos os meus dedos das mãos num sensor, para ficarem com as minhas impressões digitais. Só me conseguia lembrar do Horatio (do CSI), em Miami, a descobrir um crime com umas impressões digitais parecidas com as minhas, a pôr os óculos de Sol, a virar-se para o lado e dizer para o vazio:
“Seems like we’re going to Algeria to have a little chat with this guy…”
Passei o controlo, estava oficialmente legal, nos estates…
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